segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ainda reclamando, Louis?

Alguma vez, ou, sei lá, algumas vezes, na vida, nessa vida, você se viu numa situação tão degradante, ao ponto de se sentir o ser mais ridículo da face da Terra, isso levando em consideração o lugar comum de que a humanidade, em seu sentido mais amplo, e mínimo, está completamente perdida, logo se encontrar na condição de ser - humano torna o seu fardo ainda maior, e mesmo que você pense na aparente solução mais fácil, que seria a de simplesmente desaparecer, não reduz sua aflição, tendo em vista que nada, ou pouco, se sabe sobre o que vem, ou não, após o último piscar de olhos, principalmente se foi você mesmo o responsável direto por isso, o que, para muitos, significa adquirir uma passagem, na classe econômica, com condições de tempo sem total condição, para o inferno, lembrando que dizem lá ser pior que aqui, ou que aqui está pior do que lá, ou que lá e aqui é tudo a mesma coisa, sendo assim nada do que você fizer vai ser de grande valia, ou de pouca, só pra não perder o fio da meada, já perdendo, a noção, ao ponto de você sentar pra escrever, o que está escrevendo, sabendo que ninguém vai ler, só por escrever, através de uma máquina, que cisma em te deixar na mão, quando você mais precisa dela, e a simples lembrança de que um pensamento atrai, te faz concluir que o mais ideal é parar por aqui, antes que a merda bata no ventilador, o qual é tão conveniente nesse calor desgraçado, e aí você começa a pensar que na realidade, tem gente bem pior que você, de verdade, é claro, e com todo esse papo da fome, das guerras, o melhor que você pode fazer é desligar o computador, tomar aquele remedinho milagroso, deitar e esperar um novo dia, sempre velho?



É.
Eu também.

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Bel,

    Adorei esse teu post.
    O texto sai correndo, sem pontos, sem pausas, cheio de frases interpostas, intercaladas, apostos e mais apostos... Tudo o que deveria destruir um texto graças a repetição exaustiva e, na realidade, fê-lo o mais poético que uma prosa permite.
    Reflexões da vida muito pessimistas que me fizeram lembrar daquele mar de flores silvestres de A Cor Púrpura e de algumas frases de canções melódicas e tristes de Françoise Hardy.
    Quando o caminho se mostra repleto de curvas e o final parece ser sempre um novo meio, por que se esforçar em caminhar?

    Lindo!

    Beijos!

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  3. Ah! Segue-me também: http://10byteen.blogspot.com/

    Bjo!

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